1. O novo turista: mais exigente, mais conectado e mais consciente
O perfil do viajante de 2025 mudou — e mudou rápido. Após a pandemia, a digitalização acelerada, os novos modelos de trabalho, e o impacto da sustentabilidade nas decisões de consumo, o turista de hoje é mais conectado, mais consciente e mais exigente do que nunca.
Ele busca experiências autênticas, personalização, conveniência e propósito. Prefere marcas que respeitam seu tempo, que atendem em múltiplos canais e que oferecem serviços rápidos e sem atrito. Também valoriza destinos que respeitam o meio ambiente, a cultura local e promovem inclusão.
Para os agentes de viagem, isso representa um ponto de virada: deixar de vender pacotes prontos e passar a construir experiências sob medida, com mais empatia, tecnologia e inteligência de dados.
2. Comportamentos digitais redefiniram a jornada do viajante
Antes, o cliente visitava a agência para tirar dúvidas. Hoje, ele chega sabendo mais do que nunca. Já leu avaliações, viu vídeos no YouTube, pesquisou no Instagram e comparou preços em diversos sites. O que ele espera do agente é curadoria, confiança e acesso a soluções exclusivas.
A jornada de compra começa no mobile, passa pelas redes sociais e pode terminar no WhatsApp, site ou telefone. Ter presença omnichannel deixou de ser diferencial — virou pré-requisito.
Outro ponto importante: a maioria dos turistas deseja resolver tudo sem burocracia. Isso significa integração de plataformas, pagamentos facilitados, assinaturas eletrônicas e respostas rápidas.
O agente atualizado precisa se adaptar a essa jornada híbrida, investindo em canais digitais bem estruturados e mantendo o toque humano no centro da estratégia.
3. Personalização e propósito: o que move o viajante de 2025
O novo viajante quer mais do que um hotel bem localizado. Ele busca viagens que expressem sua identidade: gastronomia local, roteiros culturais, turismo de experiência, imersões em natureza, espiritualidade ou até voluntariado.
Ele também valoriza empresas com propósito. Prefere agências que apoiam turismo sustentável, que escolhem fornecedores locais, que evitam exploração ou massificação de destinos.
Além disso, espera ser tratado como único. Isso envolve usar informações do histórico de viagens, perfil comportamental e interesses para montar propostas personalizadas. Um agente que envia uma oferta genérica não será lembrado. Mas aquele que envia um roteiro com base no estilo de vida do cliente, sim.
Personalizar é entender quem está do outro lado. É escutar, registrar e sugerir com base no que realmente importa para o cliente.
4. Tipos de turista que ganharam força em 2025
Com as transformações dos últimos anos, alguns perfis ganharam destaque no turismo atual:
Turista flexível e digital: viaja em datas alternativas, trabalha de forma remota e busca equilíbrio entre trabalho e lazer.
Turista de experiência local: prefere vivências culturais autênticas, com contato direto com a comunidade.
Turista consciente: se preocupa com pegada de carbono, sustentabilidade e impacto social.
Viajante de nicho: busca roteiros voltados para um interesse específico, como fotografia, gastronomia, aventura ou ancestralidade.
Viajante solitário ou em pequenos grupos: valoriza introspecção, segurança e personalização.
Reconhecer e entender essas variações é essencial para que a agência ofereça produtos segmentados e aumente suas chances de conversão e fidelização.
5. Como o agente pode se atualizar e se destacar
Com todas essas mudanças, o agente que deseja crescer em 2025 precisa se posicionar como especialista e parceiro de confiança. Algumas estratégias eficazes incluem:
Atualizar-se constantemente sobre tendências, comportamento do consumidor e novas ferramentas.
Investir em plataformas que integrem dados, CRMs e motores de reserva com foco em agilidade.
Utilizar redes sociais com propósito, compartilhando experiências reais, dicas e conteúdos educativos.
Oferecer consultorias personalizadas, seja presencialmente, por vídeo ou por chat, com foco na escuta ativa.
Registrar e usar o histórico do cliente para criar experiências que surpreendem.
Mais do que reagir ao novo perfil do viajante, o agente de 2025 deve antecipar desejos e evoluir junto com o mercado. Isso exige não apenas ferramentas modernas, mas principalmente uma mentalidade aberta, empática e centrada no cliente.